...por isso não tenho passado por aqui! Por outro lado, estou a reunir mais coisas para colocar aqui no blog.
Para já, vou seguir o conselho dos meus amigos e mudar um pouco a minha "linha editorial". Basicamente: Tenho de ser mais incisivo! Não é que eu não tenha opinião, mas normalmente a minha personalidade baseia-se em conciliar esforços e encontrar pontos em comum... De modo que sou bastante consensual em bastantes coisas. Mas noutras reconheço que sou mais radical.
Outra coisa que ando a fazer é recolher mais fotos de Setúbal. As que eu tinha já eram bastante antigas e muito genéricas. Eu até tenho um "olho clínico" para a minha terra, mas às vezes a máquina não está por perto quando preciso dela...
Um abraço. Regresso com regularidade lá para 15 ou 16... de Setembro!
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Mourinho bate Recordes
Segundo ouvi ontem na TV e confirmei hoje nos jornais, José Mourinho conseguiu bater mais um recorde na sua carreira, ao bater o Liverpool com o número de jogos invencível em casa - 63 jogos!
O José Mourinho é de longe o setubalense mais conhecido em todo o mundo, mais que Bocage ou Luísa Todi. Não tenho dúvidas que um dia uma Avenida ou Praça da cidade terá o seu nome. É um treinador jovem, e já com tantos sucessos que nos leva a pensar: Até onde vai o Mourinho?
Além das qualidades técnicas como treinador, junta a capacidade de liderança, que consegue transformar um grupo de homens num grupo de guerreiros modernos. A sua conhecida arrogância e tom desafiador pode ser interpretada como um traço desagradável da sua personalidade, ou então como uma forma de proteger os seus jogadores, sendo ele mesmo o alvo preferencial das pressões dos adversários e da comunicação social.
Resultado: Genial! Como se pode criticar alguém que diz que é o "Special One" e que para o ano será campeão sem sombra de dúvida, e que depois é mesmo? O discurso "à Mourinho" noutro treinador cheira a falso, com Mourinho não temos dúvidas.
E agora, vai-se fazer o quê? É melhor a arrogância verdadeira ou a falsa modéstia? Eu vou pela primeira hipótese.
E agora, que se pode esperar do futuro? Ser três vezes campeão inglês, ganhar mais uma Liga dos Campeões, ser Campeão como Seleccionador nacional, ser Presidente do nosso Vitória? Em qualquer das circunstâncias, de certeza que irá vencer e ter bons resultados. Aliás, se as coisas não estiverem à sua imagem, é o primeiro a desmarcar-se.
José Mourinho é Sócio e Adepto do nosso Vitória. Foi aqui que o seu pai Félix brilhou como jogador e também foi Treinador. O amor que ele tem pelo Clube é grande e sobejamente conhecido. Ora, sabendo das dificuldades do VFC, como é que ele nunca se envolveu mais na situação, quer ajudando financeiramente, quer fornecendo jogadores ou até mesmo exercendo a sua influência junto a Abrahamovic? Parece-me que a resposta é simples: Ele só se envolverá quando tiver tempo e capacidade para assumir o controlo. Aí sim, poderemos encarar um Vitória consistentemente forte! Se todos os Clubes precisam de "Padrinhos" que financiem, apoiem e influenciem, Mourinho parece-me o Padrinho ideal, não agora mas no futuro.
Parabéns José Mário e Obrigado por encheres a tua terra de orgulho.
O José Mourinho é de longe o setubalense mais conhecido em todo o mundo, mais que Bocage ou Luísa Todi. Não tenho dúvidas que um dia uma Avenida ou Praça da cidade terá o seu nome. É um treinador jovem, e já com tantos sucessos que nos leva a pensar: Até onde vai o Mourinho?
Além das qualidades técnicas como treinador, junta a capacidade de liderança, que consegue transformar um grupo de homens num grupo de guerreiros modernos. A sua conhecida arrogância e tom desafiador pode ser interpretada como um traço desagradável da sua personalidade, ou então como uma forma de proteger os seus jogadores, sendo ele mesmo o alvo preferencial das pressões dos adversários e da comunicação social.
Resultado: Genial! Como se pode criticar alguém que diz que é o "Special One" e que para o ano será campeão sem sombra de dúvida, e que depois é mesmo? O discurso "à Mourinho" noutro treinador cheira a falso, com Mourinho não temos dúvidas.
E agora, vai-se fazer o quê? É melhor a arrogância verdadeira ou a falsa modéstia? Eu vou pela primeira hipótese.
E agora, que se pode esperar do futuro? Ser três vezes campeão inglês, ganhar mais uma Liga dos Campeões, ser Campeão como Seleccionador nacional, ser Presidente do nosso Vitória? Em qualquer das circunstâncias, de certeza que irá vencer e ter bons resultados. Aliás, se as coisas não estiverem à sua imagem, é o primeiro a desmarcar-se.
José Mourinho é Sócio e Adepto do nosso Vitória. Foi aqui que o seu pai Félix brilhou como jogador e também foi Treinador. O amor que ele tem pelo Clube é grande e sobejamente conhecido. Ora, sabendo das dificuldades do VFC, como é que ele nunca se envolveu mais na situação, quer ajudando financeiramente, quer fornecendo jogadores ou até mesmo exercendo a sua influência junto a Abrahamovic? Parece-me que a resposta é simples: Ele só se envolverá quando tiver tempo e capacidade para assumir o controlo. Aí sim, poderemos encarar um Vitória consistentemente forte! Se todos os Clubes precisam de "Padrinhos" que financiem, apoiem e influenciem, Mourinho parece-me o Padrinho ideal, não agora mas no futuro.
Parabéns José Mário e Obrigado por encheres a tua terra de orgulho.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Joguinho de Fim-de-semana
Como o fim de semana está aí e começa-se a pensar em não fazer nada, aqui vai a sugestão de um joguinho online.
O Need For Madness é um jogo ao estilo Destruction Derby: Ou destruímos todos os outros carros ou chegamos primeiro à meta. O segredo é que temos de fazer malabarices com o carro para ganhar potência, velocidade, atacarmos e defendermo-nos melhor dos outros carros.
São 11 níveis de um joguinho online bem porreirinho.
Eu sei que estes dias convidam mais a esplanada e praia, mas uma sugestão destas nunca fica mal.
Bom Fim de Semana!
Etiquetas:
Curiosidades e outras Tretas
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
O Vinci GT e a indústria automóvel portuguesa
Não sei se já ouviram falar do Vinci GT. É um superdesportivo desenvolvido no CEIIA - Centro de Excelência e Inovação para Industria Automóvel, no Porto, com fundos públicos e privados. O carro está na fase final do desenvolvimento e é de facto um carro de alta performance: Motor dianteiro V8 de 6.000 cm3, 480 cv, tracção traseira, capaz de velocidades e acelerações como os grandes supercarros (Ferrari, Lamborghini, Pagani, etc.)
Tem uma estética inspirada nos carros desportivos dos anos 60 e 70, que fazem parte do imaginário de quem ao mesmo tempo gosta de carros e tem dinheiro para comprar uma máquina destas.
No início não acreditei que o projecto fosse para a frente. Achei que era um projecto de carolas, e que na altura em que eram precisos, os apoios e investimentos iam faltar. Achar então que o projecto seria produzido, para mim era impensável.
Mas parece que a produção do carro vai avançar. Como qualquer supercarro, não vai ser barato e vai ter uma produção costumizada, ou seja, a partir de um automóvel base, vão ser aplicados uma série de orgãos mecânicos e de equipamento "à medida" do cliente. Parece-me uma atitude inteligente: A demarcação pela excelência e pela exclusividade é meio caminho andado para o sucesso. Além do mais, e daí haver apoios do Estado, é de interesse público desenvolver um automóvel que seja "bandeira" para indústria mundial do ramo, que ponha os engenheiros portugueses a aplicar os seus conhecimentos e permita as empresas fornecedoras de componentes auto a trabalhar na bitola da excelência.
A capacidade de uma indústria local de determinado ramo é meio caminho andado para atrair novos investimentos. O facto de até à Auto Europa não termos desenvolvida em Portugal uma verdadeira indústria de componentes e logística do ramo automóvel, foi afastando ao longo dos anos diversas empresas de automóveis do nosso país. Recordo que, à excepção da Renault nos anos 80 em Setúbal, a indústria automóvel portuguesa limitava-se a montar componentes produzidos em outros locais do mundo. Tudo mudou com a Renault, mas especialmente com o projecto Ford-VW.
O Vinci GT é a prova que os objectivos estão alcançados e podemos receber mais e melhor por aqui. Se a Auto-Europa representa 3% do PIB e a riqueza de uma região, imaginem o que faria mais 2 ou 3 fábricas daquelas...
Etiquetas:
A Minha Opinião,
Automobilismo e Carros
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Uns sites fixes - Fórmula 1 e outros
São 2 blogs e um site - Todos sobre Fórmula 1 e Automobilismo - sob perspectivas diferentes:
4 Rodinhas
O 4 Rodinhas é um blog de um tal José António, de Mangualde, que tem uma colecção impressionante de carrinhos à escala 1/43. Quando digo impressionante, é pela quantidade de carros, de diferentes categorias, mas também pela qualidade dos mesmos. Esses carros servem de tema para se falar da história do automobilismo da época. Os textos são tão bons que já foram plagiados mais do que uma vez para o fórum do jornal Autosport. Como diz José António no perfil, é um "Blog sobre a minha colecção de miniaturas desportivas à esc. 1/43. Falarei principalmente sobre a história da Formula 1 e dos Ralies tendo como base os modelos apresentados. No entanto abordarei outras modalidades das quatro rodas."
Blog do Ico
João Fernando Ramos é um jornalista brasileiro radicado na Áustria. É amigo do Capelli, o qual já referi em post anterior. Tem um blog, que fala (não só) de automobilismo numa perspectiva isenta e limpa. Pessoalmente, identifico-me bastante com a opinião dele, isenta e clara.
Portal F1
Portal português de Automobilismo. Apesar de estar carregado de publicidade, é uma fonte de informação importante sobre a Fórmula 1, mas também modalidades onde estão portugueses.
4 Rodinhas
O 4 Rodinhas é um blog de um tal José António, de Mangualde, que tem uma colecção impressionante de carrinhos à escala 1/43. Quando digo impressionante, é pela quantidade de carros, de diferentes categorias, mas também pela qualidade dos mesmos. Esses carros servem de tema para se falar da história do automobilismo da época. Os textos são tão bons que já foram plagiados mais do que uma vez para o fórum do jornal Autosport. Como diz José António no perfil, é um "Blog sobre a minha colecção de miniaturas desportivas à esc. 1/43. Falarei principalmente sobre a história da Formula 1 e dos Ralies tendo como base os modelos apresentados. No entanto abordarei outras modalidades das quatro rodas."
Blog do Ico
João Fernando Ramos é um jornalista brasileiro radicado na Áustria. É amigo do Capelli, o qual já referi em post anterior. Tem um blog, que fala (não só) de automobilismo numa perspectiva isenta e limpa. Pessoalmente, identifico-me bastante com a opinião dele, isenta e clara.
Portal F1
Portal português de Automobilismo. Apesar de estar carregado de publicidade, é uma fonte de informação importante sobre a Fórmula 1, mas também modalidades onde estão portugueses.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Conheço isto...
...mas não estou a ver onde é!
O acervo fotográfico do fotógrafo setubalense Américo Ribeiro é algo de impressionante. Não só fez fotografias de actos sociais, como também fotografou locais da cidade aparentemente nada notáveis, mas que ajudam a preservar a nossa memória colectiva.
Setúbal mudou muito nos últimos 30 anos. Apesar de se terem criado novos bairros e outros se terem transformado radicalmente, não sei se se continua a seguir o que para mim é o legado mais importante de Américo: A fotografia como documento para uma memória futura.
Esta é daquelas fotos em que numa primeira análise alguns elementos são familiares, mas não conseguimos identificar o local. Depois de pensar e observar os pormenores, podemos chegar a uma conclusão.
"Xiii... pois é! Mas isto era assim?" - É a reacção normal das pessoas. E este é para mim um exemplo claro do legado deixado por este fotógrafo: Como uma foto de uma rua banal é importante para cimentar a memória colectiva de uma cidade, ou seja, aquilo que verdadeiramente a une.
O acervo fotográfico do fotógrafo setubalense Américo Ribeiro é algo de impressionante. Não só fez fotografias de actos sociais, como também fotografou locais da cidade aparentemente nada notáveis, mas que ajudam a preservar a nossa memória colectiva.
Setúbal mudou muito nos últimos 30 anos. Apesar de se terem criado novos bairros e outros se terem transformado radicalmente, não sei se se continua a seguir o que para mim é o legado mais importante de Américo: A fotografia como documento para uma memória futura.
Esta é daquelas fotos em que numa primeira análise alguns elementos são familiares, mas não conseguimos identificar o local. Depois de pensar e observar os pormenores, podemos chegar a uma conclusão.
"Xiii... pois é! Mas isto era assim?" - É a reacção normal das pessoas. E este é para mim um exemplo claro do legado deixado por este fotógrafo: Como uma foto de uma rua banal é importante para cimentar a memória colectiva de uma cidade, ou seja, aquilo que verdadeiramente a une.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Vitória empata com o Sevilla
O Vitória empatou com o Sevilla em jogo particular. O Sevilla é o actual detentor da Taça UEFA e uma das mais poderosas formações de um dos mais poderosos campeonatos no mundo. Aliás, é só e apenas líder do ranking mundial de clubes...
Pode não ser nada de especial (afinal é um jogo particular) mas é importante por 2 motivos:
1.º - O Vitória regressa às capas dos jornais pelas melhores razões.
2.º - Representa um ânimo importante para a equipa, que já não se via a jogar com alegria e atitude há algum tempo.
Só nos resta esperar pelo início do Campeonato e pela Taça da Liga para ver como se porta o nosso Vitória sem ser a feijões.
Leiam as notícias completas saídas nas imprensa sobre isto no Site Não Oficial do Vitória em www.vitoriafc.com
O Estado do Circo - Parte I: Na pista
Como está no meu perfil, sou um adepto de Fórmula 1 desde a minha meninice e acompanho tanto as corridas e treinos, como as situações de bastidores que acompanham este desporto/espectáculo.
Esta época começou a despertar um interesse particular pelo aparecimento do "prodígio" Lewis Hamilton. A Fórmula 1 tem sede de heróis e com este miúdo surge o Messias que todos esperavam. Rapaz humilde, talentosíssimo, faz parte das Junior Teams da McLaren em categorias inferiores desde tenra idade. Teve a sorte de entrar directamente para a equipa mais forte do campeonato, o que fez com que ele tivesse resultados de monta logo desde início. Convém referir que nenhum dos outros prodígios que passaram pela F1 ao longo destes anos tiveram a sorte de ter a sua primeira oportunidade num carro de topo como teve Hamilton.
Esta seria uma temporada de adaptação do piloto à modalidade e à equipa, até porque decididamente o 1.º piloto seria o não menos talentoso e o mais novo campeão e bi-campeão do mundo da F1, Fernando Alonso.
Hamilton foi sempre consistente e rápido em todas as corridas. Não falhou uma única vez. Também não mostrou nenhuma audácia numa ultrapassagem nem numa recuperação. Fica a sensação que se ele tivesse um lugar numa equipa de 2.ª Linha, como a BMW, Renault ou Toyota ele seria um vulgaríssimo piloto de meio de pelotão.
O que é certo é que ele ombreou com os candidatos ao título, tornou-se ele próprio candidato ao título, empolgando uma legião de fans (o que é natural), assim como o seu patrão na equipa McLaren, Ron Dennis (o que não é tão natural).
Alonso foi contratado a peso de ouro para trazer o n.º 1 de campeão conquistado na Renault para a McLaren. Era unanimemente considerado o 1.º Piloto na equipa, ou seja, em caso de "desempate", e desde que a verdade desportiva numa corrida não fosse maltratada, seria sempre favorecido pela equipa em relação ao seu colega. Aqui surge um problema, já que enquanto Alonso era o consagrado, Hamilton era o fenómeno.
Pessoalmente, acho Alonso um grande piloto. Tão regular e rápido como Hamilton, é capaz de ser audaz quando necessita, equilibrando a correlação de forças contra tudo e todos. Foi o que aconteceu nas últimas corridas, onde o espanhol arriscou mais e venceu, aproximando-se perigosamente da liderança do campeonato ocupada pelo seu colega de equipa. E finalmente Hamilton teve um azar (no G.P. da Europa, em Nurburgring - Alemanha), o que o afastou do pódio pela 1.ª vez na sua carreira(!!!)
É este o ponto da situação desportivo quando se chega à Hungria, neste fim de semana: Hamilton - O Fenómeno, o escolhido do patrão da equipa, o favorito dos fans, o estreante que lidera o campeonato, o piloto que "de pantufas" desiquilibrou a correlação de poder no interior da equipa, e do outro lado Alonso - O Bi-Campeão, o mega-contratado, o homem que passa de líder incontestado no interior da equipa para algo indefinido, mas que à sua própria custa tenta recuperar o seu estatuto. Como se veio a verificar depois, nos treinos, parecia que para a equipa (ou parte dela) ele tinha mesmo recuperado o posto de n.º 1 (como aliás está no seu carro).
A pista húngara é muito estreita e sinuosa, provocando falta de ultrapassagens e emoção e consequentemente excesso de sono. Devido a estas características, a Pole-Position é meia vitória. Nas sessões de treinos livres, Hamilton mostrou-se sempre mais rápido, mas nos treinos cronometrados, Alonso arrancou a pole-position. O problema é que foi usada manha para que Hamilton não tivesse tido a possibilidade para arrancar mais cedo das boxes e tirar um tempo que pudesse destronar Alonso, com o carro deste estacionado na boxe impedindo o outro de sair. No entanto, e posteriormente a este fim de semana, veio a saber-se que Hamilton desrespeitou seis vezes (!!!) ordens das equipas para que deixasse passar Alonso... Amor com amor se paga.
Alonso ficou com a pole, Hamilton em 2.º, até que surge a organização e a FIA, punindo Alonso (relegando-o para o 6.º Lugar da grelha) e a própria McLaren, não havendo pontos para aquela equipa.
Aqui entram os meus considerandos. Se o Alonso não tirou o carro mal colocado daquele sítio, e arrancou quando lhe deram ordem superior, é porque ele pode ter sido conivente com a sacanice, mas não responsável. Em última análise, quem provocou aquilo foi a própria McLaren. Além do mais, o prejudicado foi Hamilton, que é assalariado da (hum, deixa ver se me lembro... ah!) da McLaren. Ou seja, a relação prejuízo/benefício ficou-se no interior da mesma equipa! Então, para quê puni-la, ainda por cima desta forma? Depois, com que critério se manda um piloto para o 6.º Lugar? Não há responsabilidade (para mim) do piloto. Ele apenas cumpriu ordens superiores.
Resultado: Hamilton ganhou (está cada vez mais próximo do título), Alonso continua em 2.º Lugar do Campeonato, mais longe mas com hipóteses e na McLaren descobre-se que ou ninguém manda lá dentro ou anda tudo doido. Pior: Acaba por perder os pontos conquistados com esta corrida.
O Organismo que garante os valores desportivos na Fórmula 1 é a FIA. Ora a FIA, ao arrepio de qualquer regulamento decidiu as coisas desta forma, prejudicando um piloto (discutível) e uma equipa, isso então sem lógica nenhuma. Aliás, esta decisão só terá motivo se contextualizarmos o que se passa na Secretaria entre a McLaren, Ferrari, e uns engenheiros de ambas as Equipas metidos ao barulho...
Perceberam isto? Não? Então não percam a Parte II d'O Estado do Circo - Os Bastidores, porque nós também não!!!
Esta época começou a despertar um interesse particular pelo aparecimento do "prodígio" Lewis Hamilton. A Fórmula 1 tem sede de heróis e com este miúdo surge o Messias que todos esperavam. Rapaz humilde, talentosíssimo, faz parte das Junior Teams da McLaren em categorias inferiores desde tenra idade. Teve a sorte de entrar directamente para a equipa mais forte do campeonato, o que fez com que ele tivesse resultados de monta logo desde início. Convém referir que nenhum dos outros prodígios que passaram pela F1 ao longo destes anos tiveram a sorte de ter a sua primeira oportunidade num carro de topo como teve Hamilton.
Esta seria uma temporada de adaptação do piloto à modalidade e à equipa, até porque decididamente o 1.º piloto seria o não menos talentoso e o mais novo campeão e bi-campeão do mundo da F1, Fernando Alonso.
Hamilton foi sempre consistente e rápido em todas as corridas. Não falhou uma única vez. Também não mostrou nenhuma audácia numa ultrapassagem nem numa recuperação. Fica a sensação que se ele tivesse um lugar numa equipa de 2.ª Linha, como a BMW, Renault ou Toyota ele seria um vulgaríssimo piloto de meio de pelotão.
O que é certo é que ele ombreou com os candidatos ao título, tornou-se ele próprio candidato ao título, empolgando uma legião de fans (o que é natural), assim como o seu patrão na equipa McLaren, Ron Dennis (o que não é tão natural).
Alonso foi contratado a peso de ouro para trazer o n.º 1 de campeão conquistado na Renault para a McLaren. Era unanimemente considerado o 1.º Piloto na equipa, ou seja, em caso de "desempate", e desde que a verdade desportiva numa corrida não fosse maltratada, seria sempre favorecido pela equipa em relação ao seu colega. Aqui surge um problema, já que enquanto Alonso era o consagrado, Hamilton era o fenómeno.
Pessoalmente, acho Alonso um grande piloto. Tão regular e rápido como Hamilton, é capaz de ser audaz quando necessita, equilibrando a correlação de forças contra tudo e todos. Foi o que aconteceu nas últimas corridas, onde o espanhol arriscou mais e venceu, aproximando-se perigosamente da liderança do campeonato ocupada pelo seu colega de equipa. E finalmente Hamilton teve um azar (no G.P. da Europa, em Nurburgring - Alemanha), o que o afastou do pódio pela 1.ª vez na sua carreira(!!!)
É este o ponto da situação desportivo quando se chega à Hungria, neste fim de semana: Hamilton - O Fenómeno, o escolhido do patrão da equipa, o favorito dos fans, o estreante que lidera o campeonato, o piloto que "de pantufas" desiquilibrou a correlação de poder no interior da equipa, e do outro lado Alonso - O Bi-Campeão, o mega-contratado, o homem que passa de líder incontestado no interior da equipa para algo indefinido, mas que à sua própria custa tenta recuperar o seu estatuto. Como se veio a verificar depois, nos treinos, parecia que para a equipa (ou parte dela) ele tinha mesmo recuperado o posto de n.º 1 (como aliás está no seu carro).
A pista húngara é muito estreita e sinuosa, provocando falta de ultrapassagens e emoção e consequentemente excesso de sono. Devido a estas características, a Pole-Position é meia vitória. Nas sessões de treinos livres, Hamilton mostrou-se sempre mais rápido, mas nos treinos cronometrados, Alonso arrancou a pole-position. O problema é que foi usada manha para que Hamilton não tivesse tido a possibilidade para arrancar mais cedo das boxes e tirar um tempo que pudesse destronar Alonso, com o carro deste estacionado na boxe impedindo o outro de sair. No entanto, e posteriormente a este fim de semana, veio a saber-se que Hamilton desrespeitou seis vezes (!!!) ordens das equipas para que deixasse passar Alonso... Amor com amor se paga.
Alonso ficou com a pole, Hamilton em 2.º, até que surge a organização e a FIA, punindo Alonso (relegando-o para o 6.º Lugar da grelha) e a própria McLaren, não havendo pontos para aquela equipa.
Aqui entram os meus considerandos. Se o Alonso não tirou o carro mal colocado daquele sítio, e arrancou quando lhe deram ordem superior, é porque ele pode ter sido conivente com a sacanice, mas não responsável. Em última análise, quem provocou aquilo foi a própria McLaren. Além do mais, o prejudicado foi Hamilton, que é assalariado da (hum, deixa ver se me lembro... ah!) da McLaren. Ou seja, a relação prejuízo/benefício ficou-se no interior da mesma equipa! Então, para quê puni-la, ainda por cima desta forma? Depois, com que critério se manda um piloto para o 6.º Lugar? Não há responsabilidade (para mim) do piloto. Ele apenas cumpriu ordens superiores.
Resultado: Hamilton ganhou (está cada vez mais próximo do título), Alonso continua em 2.º Lugar do Campeonato, mais longe mas com hipóteses e na McLaren descobre-se que ou ninguém manda lá dentro ou anda tudo doido. Pior: Acaba por perder os pontos conquistados com esta corrida.
O Organismo que garante os valores desportivos na Fórmula 1 é a FIA. Ora a FIA, ao arrepio de qualquer regulamento decidiu as coisas desta forma, prejudicando um piloto (discutível) e uma equipa, isso então sem lógica nenhuma. Aliás, esta decisão só terá motivo se contextualizarmos o que se passa na Secretaria entre a McLaren, Ferrari, e uns engenheiros de ambas as Equipas metidos ao barulho...
Perceberam isto? Não? Então não percam a Parte II d'O Estado do Circo - Os Bastidores, porque nós também não!!!
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Está aí à porta...
...O fim de semana!
E agora uma proposta de lazer: Fiquem com um joguinho online muito porreirinho - um de muitos do site de jogos Miniclip.
O objectivo do On The Run é fugir com um Renault 5 GT Turbo da Corporation, uma organização maléfica que quer dar cabo de nós.
O carro controla-se com as teclas de cursor e com a tecla de espaço (para travar de mão). Existem bolas para colocar mais combustível e outras para reparar o carro.
Joguinho fixe.
E agora uma proposta de lazer: Fiquem com um joguinho online muito porreirinho - um de muitos do site de jogos Miniclip.
O objectivo do On The Run é fugir com um Renault 5 GT Turbo da Corporation, uma organização maléfica que quer dar cabo de nós.
O carro controla-se com as teclas de cursor e com a tecla de espaço (para travar de mão). Existem bolas para colocar mais combustível e outras para reparar o carro.
Joguinho fixe.
On The Run You have documents that the 'Corporation' want. Can you escape? |
Play this free game now!! |
Etiquetas:
Curiosidades e outras Tretas
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Os portugueses gostam de velocidade
Acho que não existem povos com uma relação tão próxima com o fenómeno do automobilismo e corridas como Portugal.
Fui assistir à 1.ª Etapa do Lisboa-Dakar deste ano, junto à Comporta (Troia). Saímos no ferry às 6h30, que já seguiam completamente cheios. Quando chegámos ao local determinado para assistirmos à prova, era impressionante a quantidade de gente que por lá acampou e conviveu durante essa noite fria de Inverno. Quando foram passando as primeiras motas e carros, a emoção era muito grande, com as pessoas verdadeiramente a vibrar com a passagem de máquinas tão poderosas. Quando os pilotos precisavam de ajuda (um atascanço, um problema mecânico) ou mesmo ânimo, as pessoas estavam lá para ajudar. Corridas, um pinhal, umas cervejas e um petisco é uma combinação irresistível para qualquer um.
Outra coisa que reparei foi o civismo no cumprimento de regras de segurança. Apesar dos milhares de pessoas que foram assistir à prova nessa 1.ª Etapa (estima-se em 600 mil!!!), não vi um acto de irresponsabilidade que pusesse em causa a segurança das pessoas ou dos pilotos.
A segurança foi aliás um dos motivos porque em outra modalidade o Rallye de Portugal (que chegou a ser considerado pela FIA o Melhor Rallye do Mundo) deixou de contar para o Campeonato do Mundo, além de outros motivos mais de ordem política que razões objectivas. Mas o empenho e participação em massa do público, juntando à espectacularidade dos troços (especialmente Sintra e Arganil) é que davam magia ao nosso Rallye. Éramos doidos, mas a nossa loucura é que fazia do nosso Rallye tão especial.
Este vídeo do YouTube é exemplificativo deste espírito. Começa com umas intervenções de grandes pilotos da época como Markku Alen, Henri Toivonen, Juha Kankkunen e Timo Salonen, que nos anos 80 eram os pilotos oficiais de marcas como a Audi, Lancia ou Peugeot com as máquinas brutais do Grupo B. Depois continua com imagens impressionantes ao som de Metallica... Grande vídeo!
Este ano organizámos de novo o Rallye a contar para o Mundial. Um sucesso de organização, de poupança de meios, de participação de público... Mas os anos de ouro do Rallye não voltam mais.
Fui assistir à 1.ª Etapa do Lisboa-Dakar deste ano, junto à Comporta (Troia). Saímos no ferry às 6h30, que já seguiam completamente cheios. Quando chegámos ao local determinado para assistirmos à prova, era impressionante a quantidade de gente que por lá acampou e conviveu durante essa noite fria de Inverno. Quando foram passando as primeiras motas e carros, a emoção era muito grande, com as pessoas verdadeiramente a vibrar com a passagem de máquinas tão poderosas. Quando os pilotos precisavam de ajuda (um atascanço, um problema mecânico) ou mesmo ânimo, as pessoas estavam lá para ajudar. Corridas, um pinhal, umas cervejas e um petisco é uma combinação irresistível para qualquer um.
Outra coisa que reparei foi o civismo no cumprimento de regras de segurança. Apesar dos milhares de pessoas que foram assistir à prova nessa 1.ª Etapa (estima-se em 600 mil!!!), não vi um acto de irresponsabilidade que pusesse em causa a segurança das pessoas ou dos pilotos.
A segurança foi aliás um dos motivos porque em outra modalidade o Rallye de Portugal (que chegou a ser considerado pela FIA o Melhor Rallye do Mundo) deixou de contar para o Campeonato do Mundo, além de outros motivos mais de ordem política que razões objectivas. Mas o empenho e participação em massa do público, juntando à espectacularidade dos troços (especialmente Sintra e Arganil) é que davam magia ao nosso Rallye. Éramos doidos, mas a nossa loucura é que fazia do nosso Rallye tão especial.
Este vídeo do YouTube é exemplificativo deste espírito. Começa com umas intervenções de grandes pilotos da época como Markku Alen, Henri Toivonen, Juha Kankkunen e Timo Salonen, que nos anos 80 eram os pilotos oficiais de marcas como a Audi, Lancia ou Peugeot com as máquinas brutais do Grupo B. Depois continua com imagens impressionantes ao som de Metallica... Grande vídeo!
Este ano organizámos de novo o Rallye a contar para o Mundial. Um sucesso de organização, de poupança de meios, de participação de público... Mas os anos de ouro do Rallye não voltam mais.
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
Vila Real e as Corridas
Nos dias 6 e 7 de Outubro, Vila Real volta a receber corridas num dos circuitos portugueses mais internacionais. A notícia, conhecida há já algum tempo, está bem desenvolvida no Jornal de Notícias.
Vila Real, cidade escondida atrás do Marão, que até há uns anos tinha péssimas acessibilidades, recebia anualmente nas suas ruas e avenidas provas automobilísticas de Fórmulas e Carros Sport e Turismo com automóveis e pilotos de nível internacional. Apesar de nunca ter recebido uma corrida de Fórmula 1, os grandes nomes das corridas na Europa passaram por lá.
O circuito tinha cerca de 7,5 Km, desenvolvendo-se por troços de Estrada Nacional, ruas do centro de Vila Real, uma ponte e outros perigos e incidências.
Desde 1991 que não se realizavam corridas por aqueles lados. Sendo que o bichinho da competição nunca foi perdido, esperava-se a oportunidade de Vila Real ir recebendo corridas. Pelos vistos, conseguiram-se conciliar os esforços para realizar na "Princesa do Marão" corridas ao mais alto nível, alternando com o Circuito da Boavista, no Porto.
Eu conheço bem o Circuito de Vila Real, já que os meus pais são de Sabrosa, a 19 km. A construção e o progresso foram descaracterizando o traçado, com colocação de rotundas em alguns locais, com a falta de manutenção da bancada e dos correctores. Sinceramente, pareceu-me que nunca mais iam voltar as corridas por aqueles lados, muito menos ao mais alto nível.
Espero ter a possibilidade de ir lá nesse fim-de-semana de Outubro.
Sobre o passado das corridas em Portugal, onde se fala não só do Circuito de Vila Real mas também de muitos outros (Boavista, Vila do Conde, Estoril, Granja do Marquês, Braga, Luanda, Nova Lisboa), há um site fantástico, com fotos e testemunhos na 1.ª Pessoa. O site Classic Sportscar pode não ter um aspecto gráfico fantástico, mas é um belo documento do anos dourados do automobilismo português.
Vila Real, cidade escondida atrás do Marão, que até há uns anos tinha péssimas acessibilidades, recebia anualmente nas suas ruas e avenidas provas automobilísticas de Fórmulas e Carros Sport e Turismo com automóveis e pilotos de nível internacional. Apesar de nunca ter recebido uma corrida de Fórmula 1, os grandes nomes das corridas na Europa passaram por lá.
O circuito tinha cerca de 7,5 Km, desenvolvendo-se por troços de Estrada Nacional, ruas do centro de Vila Real, uma ponte e outros perigos e incidências.
Desde 1991 que não se realizavam corridas por aqueles lados. Sendo que o bichinho da competição nunca foi perdido, esperava-se a oportunidade de Vila Real ir recebendo corridas. Pelos vistos, conseguiram-se conciliar os esforços para realizar na "Princesa do Marão" corridas ao mais alto nível, alternando com o Circuito da Boavista, no Porto.
Eu conheço bem o Circuito de Vila Real, já que os meus pais são de Sabrosa, a 19 km. A construção e o progresso foram descaracterizando o traçado, com colocação de rotundas em alguns locais, com a falta de manutenção da bancada e dos correctores. Sinceramente, pareceu-me que nunca mais iam voltar as corridas por aqueles lados, muito menos ao mais alto nível.
Espero ter a possibilidade de ir lá nesse fim-de-semana de Outubro.
Sobre o passado das corridas em Portugal, onde se fala não só do Circuito de Vila Real mas também de muitos outros (Boavista, Vila do Conde, Estoril, Granja do Marquês, Braga, Luanda, Nova Lisboa), há um site fantástico, com fotos e testemunhos na 1.ª Pessoa. O site Classic Sportscar pode não ter um aspecto gráfico fantástico, mas é um belo documento do anos dourados do automobilismo português.
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Os dois extremos tocam-se
Numa volta pela Internet, descobri a notícia do encontro na semana passada entre o maior homem e o mais pequeno adulto do mundo. Os extremos encontram-se.
Bao Xishun tem 2,36 metros enquanto He Pingping tem apenas 73 centímetros (ligeiramente menos que Marques Mendes). Ambos são muito estranhos e concerteza terão problemas de saúde e no quotidiano por causa da altura. O corpo humano não foi desenhado para tanto ou tão pouco.
É curioso como a espécie humana consegue tanta variedade de raças, tamanhos, feições e cores. No entanto, mais curioso ainda é o facto de ambos serem mongóis e não de origens completamente distintas. Os ares daquela zona devem ser muito estranhos...
Aqui vai a reportagem do encontro:
Bao Xishun tem 2,36 metros enquanto He Pingping tem apenas 73 centímetros (ligeiramente menos que Marques Mendes). Ambos são muito estranhos e concerteza terão problemas de saúde e no quotidiano por causa da altura. O corpo humano não foi desenhado para tanto ou tão pouco.
É curioso como a espécie humana consegue tanta variedade de raças, tamanhos, feições e cores. No entanto, mais curioso ainda é o facto de ambos serem mongóis e não de origens completamente distintas. Os ares daquela zona devem ser muito estranhos...
Aqui vai a reportagem do encontro:
Etiquetas:
Curiosidades e outras Tretas
Selecção Nacional nos Simpsons
Agora que os Simpsons estão na moda de novo - com o filme que ainda não tive oportunidade de ver - julguei curioso colocar este vídeo que descobri no Youtube, em que a Selecção Nacional de Futebol defronta a sua congénere mexicana para a conquista do título mundial, em Springfield.
Claro que o "soccer" é gozado de uma ponta a outra, ou não seriam os Simpsons e eles não seriam americanos...
Giro, giro é ver o Homer a torcer por Portugal (ainda dizem que o homem é estúpido...)
Claro que o "soccer" é gozado de uma ponta a outra, ou não seriam os Simpsons e eles não seriam americanos...
Giro, giro é ver o Homer a torcer por Portugal (ainda dizem que o homem é estúpido...)
Etiquetas:
Curiosidades e outras Tretas
Quem será a Próxima Vítima?
Uma praga está a dizimar os últimos realizadores chatos da história do cinema. Antes de ontem foi Ingmar Bergman, ontem Michelangelo Antonionni...
Só estou à espera que hoje anunciem que o Manoel de Oliveira bateu as botas.
Humor um bocado negro, quiçá de mau gosto, mas olhem, às vezes sou assim.
Só estou à espera que hoje anunciem que o Manoel de Oliveira bateu as botas.
Humor um bocado negro, quiçá de mau gosto, mas olhem, às vezes sou assim.
Etiquetas:
Curiosidades e outras Tretas
terça-feira, 31 de julho de 2007
Piquet nas Aulas de Condução
Li hoje uma notícia curiosa do Nélson Piquet. Ele foi tri-campeão do Mundo de Fórmula 1 - Em 1981 e 1983 na Brabham com as cores da Parmalat (um dos mais belos carros de sempre da F1) e em 1986 (contra tudo e todos) ao volante de um Williams.
O que é certo é que ele superou o número de infracções permitidas pela Carta de Condução no Brasil, o que obrigou a frequentar um curso de reciclagem de trânsito.
Se bem que não seja nada que surpreenda uma pessoa cujo trabalho foi sempre superar limites e velocidades, seja apanhada em excesso de velocidade, é curioso que venham dar lições de conduzir a alguém consagrado por isso mesmo.
O link da notícia aqui.
Sou um admirador a posteriori do Nélson Piquet. Era já um piloto em curva descendente quando comecei a assistir à Fórmula 1. Além do mais, no seu último campeonato ganho, eu era fã da condução impulsiva mas também muitas vezes inconsequente do seu companheiro de equipa Nigel Mansell. Isto quando tinha 8 anos, ou seja, não tinha a capacidade de análise nem os conhecimentos que tenho hoje.
Nélson Piquet Souto Maior era de uma família abastada de Brasília (o seu pai tinha um cargo político importante, não me lembro qual). Ele refere que se intrometeu nas corridas, primeiro como mecânico e depois como piloto porque Brasília era uma pasmaceira, sem nada para fazer. Para que a família não soubesse que ele se dedicava a esta actividade tão perigosa em vez de andar a estudar, Nélson começou a correr com o nome Piket (adaptado do nome de família da sua mãe) e demonstrou ser um piloto rápido e consistente.
As coisas começam a ficar mais sérias quando ganha campeonatos de Fórmulas de promoção no Brasil e tenta a sua sorte na Europa, mais propriamente na Inglaterra (o destino preferencial de grande parte dos pilotos brasileiros com aspirações internacionais).
Em 1978 consegue correr pela 1.ª vez na Fórmula 1 pela Ensign (uma equipa do fundo de pelotão), tendo depois dado o salto para a Brabham.
Por esta altura, a Fórmula 1 atravessa um dos maiores saltos tecnológicos de sempre, com o desenvolvimento aerodinâmico dos bólides numa primeira fase e no sucesso dos motores Turbo posteriormente. A Brabham, apesar de ser sempre uma equipa competitiva, há vários anos que não ganhava títulos de forma substancial. As coisas começam a mudar quando a BMW fornece os motores Turbo em 1981, sendo Nélson Piquet o 1.º Piloto da equipa.
Os seus conhecimentos de mecânica e de afinação trouxeram uma rápida evolução dos Brabham BMW, assim como o início de práticas comuns actualmente, uma delas "inventada" por Piquet, com a utilização de mantas de aquecimento nos pneus, evitando voltas lentas para os aquecer.
Esse pensamento prático e descontraído, aliado a uma irreverência por vezes indelicada e arrogante, e claro, a um talento inato para a condução trouxeram-lhe muitas alegrias (como 3 títulos) e alguns dissabores durante a carreira. Hoje, ou se gosta do Piquet, ou se odeia o Piquet (isto para os fãs de Fórmula 1, é claro!).
Um acidente em 1992 nas qualificações para as 500 milhas de Indianapolis acabou-lhe com a carreira, já nessa altura longa e sem pressões. Hoje corre ocasionalmente, mas dedica-se acima de tudo a promover o seu filho Nelsinho ao grande circo da Fórmula 1.
Para vos deixar com um gostinho do seu talento, junto deixo um filme com, para mim, a maior ultrapassagem já filmada na história da Fórmula 1. A cena passa-se em 1986, na Hungria, com Piquet a ultrapassar o não menos campeão mas bem mais endeuzado Ayrton Senna.
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Os carros da nossa infância
Este site é outro que faz parte das minhas consultas frequentes. É um website brasileiro, com os típicos maneirismos da língua, mas exemplar pela clareza da informação. Como site brasileiro incide mais sobre as novidades e notícias locais, o que também é interessante para conhecermos como funciona o mercado automóvel numa região tão diferente como a América Latina.
A melhor Rubrica deste site, no entanto, é a de "Carros do Passado", com textos sobre automóveis que circula(va)m nas nossas estradas há alguns anos. Provavelmente vamos lá encontrar a história e características dos carros da nossa família de quando éramos miúdos, assim como algumas lendas das estradas actuais e antigas. Texto claro com fotos e ilustrações da época.
Endereço: http://www2.uol.com.br/bestcars/bestcars.htm
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
Fórmula 1 em Portugal. Será?
Foi lançado este fim-de-semana uma série de projectos de interesse público no Algarve, na área do Turismo. Pelos vistos, vai duplicar a oferta turística de Cinco Estrelas naquela região. Estes projectos têm impactos negativos (a nível ambiental e ecológico), mas mais importante que isso, criam riqueza e empregos, com um impacto muito menor e de forma muito mais agradável e "glamourosa" que uma(s) fábrica(s).
Depois de anos de construção louca e desordenada, vocacionada para um turismo de massas e economicamente débil, vejo que este projectos podem tornar o Algarve um local mais agradável, rentável e reconhecido internacionalmente.
Infelizmente não faço parte dos potenciais clientes de um Resort de Cinco Estrelas, mas prefiro que se construa uma coisas dessas que mais umas torres de apartamentos manhosas para tipos como eu em Quarteira ou Armação de Pera. É que isto sim, faz o país crescer!
Voltando à aposta no Algarve, tenciona-se construir na zona de Portimão um Autódromo Internacional com a capacidade de receber provas internacionais de automobilismo, especialmente a Fórmula 1.
Para quem não sabe, a Fórmula 1 é um "circo" que arrasta tanta gente e tantos meios que na região de Lisboa e Costa do Estoril, na época que tínhamos cá provas (Até 1996), todos os hotéis, pensões, tascas e restaurantes da zona estavam cheios de gente, muitos deles estrangeiros, "a largar a nota". Claro que também aumentava o trânsito exponencialmente na zona de Cascais e Estoril, os carros faziam muito barulho, etc..., mas as vantagens eram infinitivamente maiores que as desvantagens.
O Autódromo do Estoril nunca foi devidamente terminado. Passados 35 anos da sua inauguração, continua a ser uma pista desconfortável e que verdadeiramente nunca foi acabada. Tem um belo traçado, mas com aquelas condições e acessos era impossível receber uma prova daquela envergadura.
Então surge a hipótese Algarve. Zona com uma oferta turística cada vez melhor, com bons acessos, conhecida internacionalmente, recebeu com sucesso o Rallye de Portugal como prova a contar para o Mundial, com extremo sucesso. Não podemo-nos esquecer da caravana do Dakar, também. Daí a considerar-se construir um circuito é um passo. E que passo! É uma daquelas coisas que só traz vantagens e deve ser encarado como um projecto de empenho nacional, e não apenas do Algarve.
Vai ficar no sítio da Pereira, na freguesia da Mexiolheira Grande, concelho de Portimão (para mim o melhor local do Algarve para estas coisas). Vai ter condições para receber todas as provas internacionais de automobilismo e motociclismo - e será construído nos padrões do que de melhor se faz a nível internacional. Com isto temos de receber provas nos calendários nacional, espanhol e internacional para viabilizar a pista, sendo a Fórmula 1 a cereja no topo do bolo. Notícia mais pormenorizada no site do jornal Autosport.
E aí surgem os novos "Velhos do Restelo": Segundo o jornal do Algarve, já surgiu um grupo de cidadãos ambientalistas que são contra o Autódromo. Eu não vou estar agora a discutir as razões de um lado e de outro, e não tenho dúvidas que o projecto vá para a frente, mas estes tipos são mesmo irritantes. A notícia surge no Jornal do Algarve.
Eles às vezes têm razão, mas quando não têm são mesmo chatos.
O que eles não sabem (ou não querem saber) é que no exemplo do Autódromo do Estoril, o mesmo é reconhecido como um tampão que impede a construção desmesurada no eixo Cascais/Sintra. Ou seja, se não fosse a pista, hoje aquela zona seria ainda mais intragável do que é, o que seria uma pena. O mesmo aconteceria naquela região do Algarve - não tenho dúvidas.
Esta situação faz-me lembrar quem aqui em Setúbal fala de Tróia. Mas isso é para outra vez.
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Aconselhado
O Blog do Capelli é a minha paragem obrigatória para ver as novidades sobre o automobilismo.
Este tipo é brasileiro, jornalista, e tem uma cultura enciclopédica sobre o automobilismo em geral e a Fórmula 1 em particular. Os brasileiros são por vezes muito tendenciosos e isso condiciona a análise. O Capelli não esconde as suas emoções no momento, mas é um tipo isento no crítica e análise. Dá-me ideia que é um boa onda, se bem que também seja um "ganda cromo". Aliás, para um gajo ser fã de Fórmula 1, tem de ser cromo.
De vez em quando posso copiar algo que veja por lá e queira partilhar, ou utilizar informação para servir de tema, mas quando o fizer será sempre mencionando que retirei do seu blog.
Endereço: www.blogdocapelli.blogspot.com
Etiquetas:
Automobilismo e Carros
Ciclismo e outras fábricas de heróis
Sou um fã do desporto.
Gosto de desporto não com a perspectiva da clubite reinante mas do fenómeno social que é o desporto, assim como certas modalidades serem o que eu chamo de "Fábricas de Herois".
O conceito de herói está intimamente ligado ao indivíduo e não a um grupo de pessoas, como numa equipa de futebol. Mesmo numa equipa de futebol há os craques e os imprescindíveis. Por isso em qualquer desporto o indivíduo é importante.
O desporto onde isso para mim vem mais ao cimo é no ciclismo. Não conheço desporto mais duro, mas valente e mais mal retribuído que o ciclismo. A disciplina, o esforço, o treino é dos mais duros que existem, para no fim ser um desporto (generalizadamente) mal pago, perigoso (pode-se morrer numa queda) e agora mal reconhecido.
Ontem na Volta a França o "Camisola Amarela" foi afastado pela sua própria equipa por comportamentos pouco éticos, especificamente no que respeita aos controlos anti-doping. Eu vi a etapa anterior e fiquei fascinado com a capacidade e o esforço deste ciclista. Podia até haver drogas ali misturada, mas o que vi foi um homem a superar-se. E não há nada mais belo na condição humana que a superação de barreiras e de limites - próprios ou alheios.
É uma injustiça as pessoas não cumprirem as regras, assim como é natural o clima de suspeição e de "caça às bruxas" e de hipocrisia que circunda este tema. Digo natural porque quando acontecimentos ferem de morte uma modalidade, a reacção é por vezes extemporânea, arbitrária e injusta. Acho apesar de tudo que a capacidade de reinvenção é algo que está no sangue da humanidade e isto vai ser ultrapassado. Amanhã surge um novo herói, que servirá de exemplo e inspiração para milhões.
Gosto de desporto não com a perspectiva da clubite reinante mas do fenómeno social que é o desporto, assim como certas modalidades serem o que eu chamo de "Fábricas de Herois".
O conceito de herói está intimamente ligado ao indivíduo e não a um grupo de pessoas, como numa equipa de futebol. Mesmo numa equipa de futebol há os craques e os imprescindíveis. Por isso em qualquer desporto o indivíduo é importante.
O desporto onde isso para mim vem mais ao cimo é no ciclismo. Não conheço desporto mais duro, mas valente e mais mal retribuído que o ciclismo. A disciplina, o esforço, o treino é dos mais duros que existem, para no fim ser um desporto (generalizadamente) mal pago, perigoso (pode-se morrer numa queda) e agora mal reconhecido.
Ontem na Volta a França o "Camisola Amarela" foi afastado pela sua própria equipa por comportamentos pouco éticos, especificamente no que respeita aos controlos anti-doping. Eu vi a etapa anterior e fiquei fascinado com a capacidade e o esforço deste ciclista. Podia até haver drogas ali misturada, mas o que vi foi um homem a superar-se. E não há nada mais belo na condição humana que a superação de barreiras e de limites - próprios ou alheios.
É uma injustiça as pessoas não cumprirem as regras, assim como é natural o clima de suspeição e de "caça às bruxas" e de hipocrisia que circunda este tema. Digo natural porque quando acontecimentos ferem de morte uma modalidade, a reacção é por vezes extemporânea, arbitrária e injusta. Acho apesar de tudo que a capacidade de reinvenção é algo que está no sangue da humanidade e isto vai ser ultrapassado. Amanhã surge um novo herói, que servirá de exemplo e inspiração para milhões.
Falar de Setúbal...
Tenho um sentimento agridoce com a minha terra. É uma cidade com condições naturais únicas, quase que abençoadas e no entanto é uma terra em que parece o corolário de oportunidades perdidas.
Sou muito crítico em relação à falta de brio dos setubalenses em relação à sua cidade e com o sentimento geral que o conceito de "Qualidade de Vida" passa mais pela conta bancária do que pelo ambiente que nos circunda. Com isto não digo que Setúbal não seja uma cidade agradável, mas podia ser tão melhor...
Há um tempo atrás este sentimento de frustração era de tal maneira grande que já me imaginava a viver e a fazer a minha vida noutro sítio que não aqui. Mas a partir de certa altura comecei a ver as coisas de uma perspectiva um pouco diferente. É que se o sentimento anterior era raiva contida, agora é de aceitação. Não resignação, mas aceitação desta cidade com todas as suas virtudes e todos os seus defeitos.
Tive oportunidade de conhecer mais a fundo outras cidades de Portugal e Espanha. Não apenas visitar (que aí todas as terras são bonitas), mas de conviver com o quotidiano das mesmas. A conclusão a que cheguei é bonita mas para mim perturbadora: Quanto mais conheço outras terras, mais gosto da minha!
Sou muito crítico em relação à falta de brio dos setubalenses em relação à sua cidade e com o sentimento geral que o conceito de "Qualidade de Vida" passa mais pela conta bancária do que pelo ambiente que nos circunda. Com isto não digo que Setúbal não seja uma cidade agradável, mas podia ser tão melhor...
Há um tempo atrás este sentimento de frustração era de tal maneira grande que já me imaginava a viver e a fazer a minha vida noutro sítio que não aqui. Mas a partir de certa altura comecei a ver as coisas de uma perspectiva um pouco diferente. É que se o sentimento anterior era raiva contida, agora é de aceitação. Não resignação, mas aceitação desta cidade com todas as suas virtudes e todos os seus defeitos.
Tive oportunidade de conhecer mais a fundo outras cidades de Portugal e Espanha. Não apenas visitar (que aí todas as terras são bonitas), mas de conviver com o quotidiano das mesmas. A conclusão a que cheguei é bonita mas para mim perturbadora: Quanto mais conheço outras terras, mais gosto da minha!
Etiquetas:
A Minha Opinião,
Setúbal e o Vitória
E assim comecei o meu Blog
Bom dia a todos.
Hoje é o meu 29.º Aniversário e já andava a algum tempo para criar um blog. Apesar de ser uma data especial, este acontecimento poderia ter sido em outra data qualquer. Às vezes dizia para mim que queria deixar a minha marca no hiperespaço com os meus pensamentos mais frugais ou situações do quotidiano. Ou seja, não pretendo com este blog preciosismos ou grandes teorias, apenas um sítio para escrever qualquer coisa quando me apetecesse.
Não sou um gajo muito alinhado com grupos nem com hobbies ou gostos muito vincados. Gosto de mandar o meu bitaite sobre tudo, desde a teoria política mais rebuscada à conversa de café sobre futebol, mulheres ou cerveja. Há momentos para tudo, e neste blog também vai haver (espero eu).
Há alguns assuntos onde me vou versar com mais intensidade: A minha cidade - Setúbal, com a qual tenho uma relação amor-ódio, automobilismo (especialmente Fórmula 1), mas também outros desportos, especialmente aqueles que fabricam herois. Claro, também vou falar de política e políticas, assim como aspectos curiosos da sociedade em que vivemos.
Isto é o que eu quero fazer: Não quer dizer que o faça! Tenho o péssimo hábito de começar coisas cheias de pica e depois deixar as coisas a meio. Tenho-me questionado se realmente sou mesmo assim e se alguma vez conseguirei ser mais constante nos meus interesses. Por isso este blog também será um teste e uma terapêutica.
Bem, por agora já chega! Depois vou falando/desabafando mais sobre mim.
Hoje é o meu 29.º Aniversário e já andava a algum tempo para criar um blog. Apesar de ser uma data especial, este acontecimento poderia ter sido em outra data qualquer. Às vezes dizia para mim que queria deixar a minha marca no hiperespaço com os meus pensamentos mais frugais ou situações do quotidiano. Ou seja, não pretendo com este blog preciosismos ou grandes teorias, apenas um sítio para escrever qualquer coisa quando me apetecesse.
Não sou um gajo muito alinhado com grupos nem com hobbies ou gostos muito vincados. Gosto de mandar o meu bitaite sobre tudo, desde a teoria política mais rebuscada à conversa de café sobre futebol, mulheres ou cerveja. Há momentos para tudo, e neste blog também vai haver (espero eu).
Há alguns assuntos onde me vou versar com mais intensidade: A minha cidade - Setúbal, com a qual tenho uma relação amor-ódio, automobilismo (especialmente Fórmula 1), mas também outros desportos, especialmente aqueles que fabricam herois. Claro, também vou falar de política e políticas, assim como aspectos curiosos da sociedade em que vivemos.
Isto é o que eu quero fazer: Não quer dizer que o faça! Tenho o péssimo hábito de começar coisas cheias de pica e depois deixar as coisas a meio. Tenho-me questionado se realmente sou mesmo assim e se alguma vez conseguirei ser mais constante nos meus interesses. Por isso este blog também será um teste e uma terapêutica.
Bem, por agora já chega! Depois vou falando/desabafando mais sobre mim.
Subscrever:
Mensagens (Atom)